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Carlos Correia e Representante do FNI |
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Governos anteriores
ignoraram o conselho do FMI ao desencadearem a compra
de empréstimos mal parados – Acusa a instituição financeira.
Reuters (Abidjan, 3 de Junho de 2016) –
O Fundo Monetário Internacional vai reter os
seus pagamentos futuros com a Guiné-Bissau, a menos que o governo recue na sua
decisão de compra de empréstimos mal parados, anunciou o representante do
FMI, Oscar Melhado.
Os doadores também suspenderam o apoio
orçamental igual a 2,1 por cento do PIB para este ano, segundo Oscar Melhado,
numa declaração à agência de notícias, Reuters. As contribuições totais
dos doadores, incluindo o apoio directo ao orçamento e ao financiamento dos
sectores e projectos específicos, normalmente compõem cerca de 80 por cento do
orçamento guineense.
Como uma das condições para a retoma de qualquer pagamento por parte
do FMI, a instituição exige às autoridades guineenses a apresentação de um novo
orçamento para 2016, levando em conta o apoio orçamental perdido.
“O FMI não vai desembolsar quaisquer parcelas de
créditos pendentes, tal como previsto anteriormente”, disse Melhado.
Em Julho de
2015, O FMI aprovou um empréstimo de 24 milhões de dólares à Guiné-Bissau para
ajudar o Estado guineense a sair da crise, mas durante o mesmo ano o governo de
Domingos Simões Pereira rejeitou o conselho do FMI e procedeu ao pagamento de
34 bilhões de francos CFA (57,81 milhões de dólares), 5,5 por cento do PIB,
para liquidar “maus” empréstimos, através do Banco da África Ocidental e do
Banco da União.
O ex-primeiro-ministro, Simões Pereira, que
supervisionou o acordo disse à Reuters que a tal medida era necessária para
evitar falência do sector privado. Mas, de acordo com o FMI, as acções governamentais que
decorreram durantes os mandatos de Domingos Simões Pereira e Carlos Correia,
“apenas beneficiaram os mais ricos e outros ricos investidores estrangeiros, em
detrimento da melhoraria das infra-estruturas e a redução da pobreza”.
Durante o mês de Abril, o Governo da Guiné-Bissau
emitiu títulos do tesouro no valor de 12 mil milhões de francos CFA (20 milhões
de dólares) para suprir alegadamente um défice na tesouraria pública guineense.
Entretanto, um mês mais tarde, o Ministério Público da Guiné-Bissau anunciou
que estava a averiguar o levantamento daquilo que considera de exorbitantes
somas em dinheiro, tendo ordenado o congelamento de várias contas do Estado.
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