sexta-feira, 7 de outubro de 2016

O TERMO CONSENSO E RADICALISMOS INVIABILIZAM A IMPLEMENTAÇÃO PRÁTICA DO ACORDO DE SEIS PONTOS ASSINADOS PELOS POLITICOS GUINEENSES, SOB ÉGIDE DA MEDIAÇÃO DA CEDEAO.


Bissau,07 Out 16(ANG) - O Presidente da República, José Mário Vaz deslocou esta sexta-feira para a Guiné-Conacri onde terá  início uma nova fase de negociações para a implementação do acordo da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental(CEDEAO) para o fim da crise no país.

Alpha Condé, presidente da Guiné-Conacri, na qualidade de mediador da crise guineense indigitado pela organização sub-regional, deverá receber, em Conacri, todos os signatários do documento, informou à Rádio Jovem uma fonte diplomática junto da CEDEAO.

A deslocação do Chefe de Estado, acontece numa altura que O PAIGC, partido mais votado nas eleições em 2014, mantém a sua posição de ser ele a chefiar o Governo inclusivo, previsto no acordo assinado entre os partidos políticos com a mediação da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).
 
Domingos Simões Pereira, presidente do partido, diz que esta responsabilidade é constitucional e não pode ser retirada, enquanto formação política vencedora das últimas eleições legislativas.
 
Domingos Simões Pereira sustenta o seu argumento afirmando que a Constituição “divide a decisão de quem, em nome do Estado, é o primeiro magistrado, neste caso o Presidente da Republica, e  quem é que, por maioria no parlamento, tem o direito exclusivo de  governar, uma competência que o povo outorgou ao partido maioritário depois das eleições.
 
Para o PRS, o segundo partido mais votado, este argumento não colhe.
 
Florentino Mendes Pereira, secretário-geral dos renovadores “o acordo da CEDEAO, foi rubricado pelo primeiro-ministro, Baciro Dja, enquanto o Chefe do Governo, o Supremo Tribunal de Justiça disse que existe um Governo e este Governo é constitucional, se há todos estes instrumentos, quem pode pôr em causa este Governo?”
 
Na quarta-feira, José Mário Vaz esteve reunido com o primeiro-ministro, Baciro Djá, e o presidente do Parlamento, Cipriano Cassamá.
 
Cassamá disse ter entregue a José Mário Vaz a proposta de uma figura para chefiar o futuro Governo de inclusão, mas não revelou o nome.
ANG/Rádio Jovem

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