quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

QUO VADIS GUINÉ BISSAU?


GUINE BISSAU: PRENÚNCIO OU PREVISÃO DE MEGA FRAUDES ELEITORAL


A seu tempo todos os segmentos da sociedade guineense manifestaram sua inquietação, receios e condenaram veementemente a forma como o Governo vinha realizando o recenseamento eleitoral e exigiram a imediata nulidade ou adopção imediata de medidas correctivas e o restabelecimento do modelo e sistema de recenseamento comprovado e a prossecução ou conclusão de recenseamento tal como tem sido ao longo da vigência da democracia na Guine Bissau.

Contudo, os actores público do Governo fizeram e fazem as orelhas do mercador para não rever e nem corrigir o sistema viciado e parcial da forma como organizaram e dirigiram o recenseamento selectivo e por conveniência não se sabe de quem?!.

A verdade é que os potenciais beneficiários ou principal beneficiário engendrou um sistema nada fácil de desmontar, até pela própria CEDEAO, que contratou ou mandou uma auditoria aos dados do Gabinete Técnico da Administração do Processo Eleitoral. Todos sem excepção se tornaram impotentes diante da tamanha orquestração.

Sendo o recenseamento e actualização dos Cadernos Eleitorais os actos mais nobres do processo eleitoral, porque “arvore que nasce torto dificilmente se endireitará” urge a todos títulos a conjugação de esforços ou acção concertada das entidades mais vocacionadas a correcção do processo, nomeadamente o P5 (Nações Unidas, União Europeia, União Africana, CPLP e CEDEAO), Procuradoria-Geral da República da Guiné-Bissau e o Presidente da República da Guiné Bissau para confrontarem a CEDEAO e o Governo da Guine Bissau com a evidência dos factos já enunciados e hoje bem visível a olhos de todos.

É inegável a existência ou sinais e indícios de falcatruas e/ou viciação do processo de recenseamento eleitoral, com vista a eventualmente favorecer uma das partes na disputa.

Não sendo com fins de favorecer uma das partes envolvidas no pleito eleitoral o porquê da teimosia e de tanta insistência ou obstinação em mudarem o sistema nacional de recenseamento, sabendo que o desconhecido sempre tende em embaraçar a execução de um processo?

Quem terá dúvidas de que com o processo de recenseamento das eleições de 2014, com a expertise do Timor Leste correu tudo bem com o sistema semi biométrico apelidado de MANUAL-AMELHORADO, que se revelou eficaz e funcional?

Qual o móbil ou que interesses obscuros e subjacentes levaram a brusca e repentina mudança do sistema nacional de recenseamento de 2014?

O que preconizam seus actores ou mentores?

Os Senhores devem, certamente, lembrar-se de que logo na sua primeira semana deste famígero recenseamento foi vivamente denunciado.

Pelo acima exposto, venho manifestar a minha profunda preocupação relativamente as prioridades do Governo, bem assim, das denúncias de saque, violações, abusos de poder e de excessos, incluindo perseguições selectivas de ex-dirigentes do Estado e desejando que os responsáveis por estas práticas devem prestar contas a justiça.

Outrossim, porque tem sido notório o interesse de certos actores políticos que engendram o prolongar do período e do processo eleitoral, para assim continuar a proceder nomeações fora de tempo e no período eleitoral para satisfação material de suas auto-estimas, urge um ponto final neste estado de coisas.

O porquê de um certo sector da politica fazer lóbis junto da CEDEAO e da ONU dando contas de quererem apresar as eleições Legislativas na Guiné Bissau, num contexto ou clima de fraudes prenunciadas?

O porquê das orelhas moucas de certos dignatários que fazem de conta que não se ouviu ou não dão importância ao que se ouve, sobre a ineficiência do actual processo de recenseamento na Guiné Bissau?

QUO VADIS GUINÉ BISSAU?

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