quinta-feira, 3 de março de 2016

O PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA NACIONAL POPULAR DA GUINÉ-BISSAU ORQUESTROU

Por,Fernando Casimiro
Por,Fernando Casimiro

Respeito e consideração na relação de interdependência nas instituições da Republica da Guiné- Bissau recomenda-se

O Presidente da República não é o único responsável pela crise política guineense. Também a Assembleia Nacional Popular e o Governo, cada um destes órgãos, na justa medida, são partes de uma crise iniciada em 2014 e que se assentou na ANP desde Dezembro de 2015 com o chumbo da moção de confiança ao Programa do Governo e a declaração de perda de mandato de 15 deputados expulsos do PAIGC.

Haja coragem e honestidade para o assumir de responsabilidades perante os erros cometidos por todos, e tendo em conta a necessidade de se reparar os prejuízos causados à Guiné-Bissau e ao povo guineense. Não adianta culpar este ou aquele, quando os 3 órgãos de soberania de natureza política têm responsabilidades repartidas no global da crise.

Admira-me o facto de o Presidente da Assembleia Nacional Popular ser a segunda figura na hierarquia do Estado da Guiné-Bissau e a quem compete substituir o Presidente da República na sua ausência do país, não demonstrar um mínimo de respeito e consideração na sua relação de interdependência com o Presidente da República e tendo em conta a separação de poderes entre o órgão de soberania que é o Presidente da República e o órgão de soberania que é a Assembleia Nacional Popular.

Alegar que esta crise começou com a demissão do Engº. Domingos Simões Pereira do cargo de Primeiro-ministro em 12 de Agosto de 2015 e que não tem a sua sede no parlamento é simplesmente desvirtuar os factos.

O Presidente da Assembleia Nacional Popular da Guiné-Bissau orquestrou várias polémicas institucionais, visando promover a sua agenda política.

Quando o Presidente da República decidiu retirar-lhe a escolta com batedores que o acompanhavam por tudo quanto é sítio e ele que se deslocava com frequência pelo interior do país, como se estivesse em Presidência Aberta, mas também para o exterior, como se fosse o Chefe do Estado, resolveu fazer frente ao Presidente da República.

Provavelmente foi da estratégia maquiavélica surgida nessa altura, que o Presidente da ANP decidiu apoiar o Governo, certamente, conseguindo a satisfação das suas reivindicações anteriores.

Provavelmente foi daí que surgiram as intrigas que minaram o relacionamento institucional entre o Presidente da República e o então Primeiro-ministro Engº. Domingos Simões Pereira.

A exigência da demissão do Ministro da Economia e Finanças ocorreu em Novembro de 2014 e a demissão do Primeiro-ministro ocorreu em 12 de Agosto de 2015 e envolveu o Presidente da ANP como é do conhecimento público, através das declarações públicas que proferiu, depois de se ter encontrado com o Presidente da República.

Que cada um tire as suas ilações.


Positiva e construtivamente.

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