Reintegração dos 15 deputados: SIMÕES PEREIRA DEFENDE QUE O ‘CRIME DEIXA DE SER COMPENSADO’ NO PAIGC
O líder do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereira, defendeu esta segunda-feira, 17 de Outubro 2016, que “crime” deixou de ser compensado no PAIGC e quem o comete vai ser sancionado e disciplinado de acordo com as normas do partido.
Simões Pereira fez esta advertência essa manhã na sede do partido, quando restituía aos militantes as negociações políticas ocorridas em Conacri, bem como da situação de regresso do Grupo de 15 deputados expulsos da bancada parlamentar do seu partido.
Explicou ainda a’O Democrata que o novo Primeiro-Ministro do consenso e de confiança do Presidente da República, José Mário Vaz já foi escolhido, faltando apenas que o próprio Chefe de Estado o anunciar à Nação guineense, sem no entanto, avançar o nome da figura entre os três que constam da lista, designadamente: Augusto Olivais (Dirigente do PAIGC), Umaro Sissoco Embaló (Dirigente do PAIGC) e o banqueiro, João Aladje Mamadu Fadia (Actual Director Nacional do BCEAO).
Domingos Simões Pereira lembrou aos presentes que já tinha dito na comemoração de 60 anos do partido que, “não há culpa que não pode ser perdoado e nenhum homem que não pode ser recuperado”. Contudo, assegurou que as portas do partido estão abertas para receber os 15 deputados dissidentes do partido.
“Os nossos irmãos podem voltar a sede do partido e mostrar sinal de arrependimento perante os dirigentes do PAIGC, seguindo assim o caminho que na formação do novo governo, a bancada parlamentar tem que ser constituída, servindo de oportunidade para mostrar que voltaram a casa que pertencem”, esclareceu.
Simões Pereira disse que o partido tem o estatuto para cumprir e que segundo ele, não são negociáveis. No entanto, exortou os militantes e dirigentes que têm de ser capazes de renovar o compromisso com estatuto do partido, de forma a demostrar a direção superior do partido que existe um facto novo que vai permitir iniciar um processo de reintegração dos 15 deputados dissidentes do partido.
“A direção do PAIGC está disponível para reconciliar com os nossos irmãos e estamos contentes por ter visto um esforço enorme de promover unidade e coesão interna no partido, portanto, em função da escolha de cada um de nós, assim também que a direção dos libertadores vai interpretar a sua vontade”, espelhou.
Presente no acto, o líder de bancada parlamentar do PAIGC, Califa Seide explicou que o acordo ora assinado em Conakri, informa que o novo governo de consenso vai ser formado pelos partidos com assento parlamentar em função do número dos deputados de cada partido, e abrindo a possibilidade de integrar personalidades independentes e sociedade civil.
Por: Aguinaldo Ampa A
Sem comentários:
Enviar um comentário