Não Fuja Da Luta
Coisas da vida, a gente aprende a entender
Mesmo as feridas, as pedras curam você
Olhar pra frente, ter coragem de prosseguir
Seguir em frente, jamais pensar em desistir
Mesmo as feridas, as pedras curam você
Olhar pra frente, ter coragem de prosseguir
Seguir em frente, jamais pensar em desistir
Se está cansado, essa jornada dói demais
Mesmo arrasado você encontra a paz
Mesmo arrasado você encontra a paz
Não fuja da luta, mantenha o seu proceder
o amor invade o seu coração
Não fuja da luta
o amor invade o seu coração
Não fuja da luta
Coisas da vida, a gente aprende a entender
Mesmo as feridas, as pedras curam você
Olhar pra frente, ter coragem de prosseguir
Seguir em frente, jamais pensar em desistir
Se está cansado, essa jornada dói demais
Mesmo arrasado você encontra a paz
Mesmo as feridas, as pedras curam você
Olhar pra frente, ter coragem de prosseguir
Seguir em frente, jamais pensar em desistir
Se está cansado, essa jornada dói demais
Mesmo arrasado você encontra a paz
Não fuja da luta, mantenha o seu proceder
o amor invade o seu coração
Não fuja da luta
o amor invade o seu coração
Não fuja da luta
Quando chegou, já não
viu todo o amor
Quero seguir em frente
Quero seguir em frente
HELDER PROENÇA - O INTELECTUAL REVOLUCIONÁRIO |
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Não
posso adiar a palavra
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Quando
te propus
um amanhecer diferente a terra ainda fervia em lavas e os homens ainda eram bestas ferozes
Quando
te propus
a conquista do futuro vazias eram as mãos negras como breu o silêncio da resposta
Quando
te propus
o acumular de forças o sangue nómada e igual coagulava em todos os cárceres em toda a terra e em todos os homens
Quando
te propus
um amanhecer diferente, amor a eternidade voraz das nossas dores era igual a «Deus Pai todo poderoso criador dos céus e da terra»
Quando
te propus
olhos secos, pés na terra, e convicção firme surdos eram os céus e a terra receptivos as balas e punhais as amaldiçoavam cada existência nossa
Quando
te propus
abraçar a história, amor tantas foram as esperanças comidas insondável a fé forjada no extenso breu de canto e morte
Foi
assim que te propus
no circuito de lágrimas e fogo, Povo meu o hastear eterno do nosso sangue para um amanhecer diferente! Não posso adiar a palavra, 1982 Em: Manuel Ferreira, 50 Poetas Africanos. Lisboa, Plátano Editora, 1989 |
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Escritor
da Guiné–Bissau, envolveu–se, nos anos 70, no movimento independentista do
seu país, abandonando os estudos liceais e partindo para a guerrilha em 1973.
Após o 25 de Abril, regressou a Bissau, prosseguindo os seus estudos.
Hélder
Proença começou por se dedicar à literatura era ainda adolescente, escrevendo
poemas anticolonialistas, de afirmação da identidade nacional, que
acompanharam a sua actividade política. Os textos desta fase foram reunidos
no volume Não Posso Adiar a Palavra, editado apenas em 1982. Este carácter
panfletário foi-se atenuando progressivamente, embora o autor nunca tenha
descurado uma vertente de intervenção política e social. Considerado uma das
grandes figuras da nova literatura guineense, escrevendo tanto em português
como em crioulo, foi o co-organizador e prefaciador da primeira antologia
poética do seu país Mantenhas Para Quem Luta! (1977). Alguma da sua produção
continua inédita.
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