sábado, 28 de abril de 2018

EM TEMPO DE CONSENSOS E DE INCLUSÃO: NÃO SE EXCLUA !


Não Fuja Da Luta

  
Coisas da vida, a gente aprende a entender
Mesmo as feridas, as pedras curam você
Olhar pra frente, ter coragem de prosseguir
Seguir em frente, jamais pensar em desistir
Se está cansado, essa jornada dói demais
Mesmo arrasado você encontra a paz
Não fuja da luta, mantenha o seu proceder
o amor invade o seu coração
Não fuja da luta
Coisas da vida, a gente aprende a entender
Mesmo as feridas, as pedras curam você
Olhar pra frente, ter coragem de prosseguir
Seguir em frente, jamais pensar em desistir
Se está cansado, essa jornada dói demais
Mesmo arrasado você encontra a paz
Não fuja da luta, mantenha o seu proceder
o amor invade o seu coração
Não fuja da luta
Quando chegou, já não viu todo o amor
Quero seguir em frente


NESTA HORA DE CONSENSOS E DE INCLUSÃO:
MAIS UMA OUTRA POESIA QUE NOS INSPIRA A LUTAR E A COMBATER, MANTENDO A CHAMA BEM VIVA
HELDER PROENÇA - O INTELECTUAL REVOLUCIONÁRIO

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Não posso adiar a palavra
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Quando te propus
um amanhecer diferente
a terra ainda fervia em lavas
e os homens ainda eram bestas ferozes
Quando te propus
a conquista do futuro
vazias eram as mãos
negras como breu o silêncio da resposta
Quando te propus
o acumular de forças
o sangue nómada e igual
coagulava em todos os cárceres
                   em toda a terra
                   e em todos os homens
Quando te propus
um amanhecer diferente, amor
a eternidade voraz das nossas dores
era igual a «Deus Pai todo poderoso criador dos céus e da terra»
Quando te propus
olhos secos, pés na terra, e convicção firme
surdos eram os céus e a terra
receptivos as balas e punhais
                    as amaldiçoavam cada existência nossa
Quando te propus
abraçar a história, amor
tantas foram as esperanças comidas
insondável a fé forjada
                     no extenso breu de canto e morte
Foi assim que te propus
no circuito de lágrimas e fogo, Povo meu
o hastear eterno do nosso sangue
para um amanhecer diferente!

Não posso adiar a palavra, 1982
Em: Manuel Ferreira, 50 Poetas Africanos. Lisboa, Plátano Editora, 1989
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Escritor da Guiné–Bissau, envolveu–se, nos anos 70, no movimento independentista do seu país, abandonando os estudos liceais e partindo para a guerrilha em 1973. Após o 25 de Abril, regressou a Bissau, prosseguindo os seus estudos.
Hélder Proença começou por se dedicar à literatura era ainda adolescente, escrevendo poemas anticolonialistas, de afirmação da identidade nacional, que acompanharam a sua actividade política. Os textos desta fase foram reunidos no volume Não Posso Adiar a Palavra, editado apenas em 1982. Este carácter panfletário foi-se atenuando progressivamente, embora o autor nunca tenha descurado uma vertente de intervenção política e social. Considerado uma das grandes figuras da nova literatura guineense, escrevendo tanto em português como em crioulo, foi o co-organizador e prefaciador da primeira antologia poética do seu país Mantenhas Para Quem Luta! (1977). Alguma da sua produção continua inédita.

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