segunda-feira, 16 de maio de 2016

OBRIGADO EMPLASTRO, POR MAIS ESTE POST, QUE FALA DA DECAPITAÇÃO POLITICA DO DSP. O RESULTADO ERA MAIS QUE PREVISÍVEL E EXPECTÁVEL, APÓS TANTA DOSE CAVALAR DE AUTISMO, VAIDADE, ARROGÂNCIA E DEMAGOGIA...

Picha de cão


Apesar de poder parecer um título malcriado, o facto é que quem se dirija a uma loja de ferragens e pedir tal coisa, não provocará qualquer escândalo: vão aviar-lhe, com a maior das naturalidades, um parafuso (específico, claro, com uma certa particularidade). Quem vá a Almeirim a uma tasca e peça uma caralhota, ninguém vai pensar mal nenhum, servir-lhe-hão simplesmente uma bifana num delicioso pão caseiro local.

Há muito que o homem trabalha com a genética, apurando, nos animais que domesticou e trouxe para o seu convívio regular, as «funcionalidades» que mais jeito lhe davam. Por exemplo, os cães com boi no nome (pittbull e bulldog), não largam de maneira nenhuma o osso, depois de o abocanharem. Na infeliz circunstância de tomarem por objecto do seu amplexo mandibular algo de importante, não há mais nada a fazer senão decapitá-los... ocasião na qual dá mais jeito um sabre que propriamente uma arma de fogo.

Hoje, SEX 13, foi o dia D dos impichados... Dilma e Domingos politicamente decapitados no mesmo dia. Coincidência que já aqui tinha sido equacionada. O mais doloroso, para DSP, deve ser o facto de a machadada final ter sido dada pelo seu sucessor à frente da CPLP. O resultado era mais que previsível e expectável, após tanta dose cavalar de autismo, vaidade, arrogância e demagogia...
VEJA, A PROPÓSITO UM OUTRO ARTIGO DO EMPLASTRO DE:

QUARTA-FEIRA, 23 DE MARÇO DE 2016

DSP sofre do mesmo mal que Passos Coelho. Ninguém mais caridoso para o esclarecer que já não manda nada há muitos meses? A ilusão da manutenção do estatuto [alimentados, apesar da mudança de Governo, pelos patéticos apoios de um MNE português altamente comprometido com o status quo prevalecente] caminham para o seu epílogo. 

Tal como o jornalista do L'Aurore com Salazar, chega o momento em que se torna demasiado patente a patologia mental. Salazar era de extrema humildade e tinha a desculpa de quatro décadas de rotinas de poder. 

Nestas reles cópias mal amanhadas, destaca-se sobretudo uma insuportável vaidade inerente à crise de negação, inteiramente desajustada à insignificância política e falta de carisma dos actores. Também em Luanda, o caruncho atacou violentamente a cadeira onde se senta o inamovível e insubstituível responsável pelo calamitoso estado de coisas em Angola, ameaçando, com a iminente ruptura, aplicar a mesma figura. 

No Brasil, Dilma entoa a célebre canção, saída de uma antiga anedota intra-uterina: «Daqui não saio eu. Daqui ninguém me tira!»

quarta-feira, 23 de março de 2016

A entrevista de Passos Coelho ao "L'Aurore"

Algures em 1969, António de Oliveira Salazar, o ditador derrubado pela doença e entretanto substituído por Marcelo Caetano, mantinha-se a viver na residência oficial de S. Bento. Por um lapso inexplicável, atenta a redoma censória e de vigilância do regime, um jornalista do diário francês "L'Aurore" teve acesso ao debilitado antigo chefe do governo e recolheu uma entrevista que ficou célebre no mundo (por cá, foi proibida). Nela, Salazar revelava estar convencido de que ainda exercia funções governativas, ficando-se a saber que alguns ministros se prestavam ao piedoso teatro de "ir a despacho", para alimentarem a ilusão do antigo ditador.

Nas últimas semanas, a avaliar pela coreografia do dr. Passos Coelho, com a bandeirinha na lapela dos tempos do "governo de Portugal" e a fazer inaugurações em autarquias de amigos, fica-se com a sensação de que terá sido afetado pela síndroma do seu longínquo antecessor. Algum antigo ministro ainda irá "a despacho", para lhe atenuar o desgosto da perda do poder para a "geringonça" - que devia durar apenas uns dias, mas que, afinal, é mais resistente do que parecia ser? 

Teria graça ver o antigo primeiro-ministro entrevistado pelo "L'Aurore", para percebermos se, tendo ele saído definitivamente de S. Bento, S. Bento já saiu dele. 

O tempo é implacável. O "L'Aurore" já não existe, desde há já bastantes anos. Da mesma forma que o primeiro-ministro Passos Coelho já não existe, desde há já cada vez mais meses. Ele saberá?

(Reparei agora que o site informático de um periódico diz que "comparei" Passos Coelho a Salazar, como se a analogia irónica que fiz quisesse significar que estava a equiparar um político democrático a um ditador. A capacidade saudável de entender o humor continua, infelizmente, muito distante deste país.)

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