quinta-feira, 6 de outubro de 2016

O PAÍS VEM BENEFICIANDO DE APOIOS DA UEMOA PARA DESENVOLVIMENTO DAS ACTIVIDADES PESQUEIRAS E DE DESENVOLVIMENTO DE RECURSOS MARINHOS NOS RIOS DE SUL E DO NORTE.

UEMOA prolonga o Projeto Rias do Sul na Guiné-Bissau.

No dia trinta de setembro 2016, a reunião dos Ministros das Pescas da UEMOA, sobre os resultados do Programa Trienal do Desenvolvimento do sector das Pescas considera de positiva a Gestão do Projeto Rias do Sul.  O encontro serviu ainda de ocasião para avaliação dos Programas das Estatistas e do Stock no Espaço, da UEMOA, além de analise das vias de Harmonização da Legislação.

De recordar que UEMOA disponibilizou um bilião e seiscentos milhões de francos CFA para um período de 4 anos, o que permitiu có-gestão das rias de Buba e Cacine, beneficiando ainda cerca de 40 associações de pescadores e mulheres vendedeiras, incluídas as do Cacheu.

A Conferencia Ministerial, antecedida por encontros de dois dias de Técnicos e peritos das pescas, elogiou as autoridades de Bissau e decidiu pelo alargamento do Projeto para os restantes países da UEMOA.

A problemática de pesca ilegal nas águas da União Económica e Monetária da Africa Ocidental realçou o reforço da cooperação sub-regional no domínio da fiscalização, através de um Sistema via Satélite no valor de onze mil milhões de francos CFAs que irá assegurar a política pesqueira inteligente para uma exploração durável e sustentável.

A promoção da fiscalização conjunta dos recursos, visando o desenvolvimento económico e sustentável dos países membros serão priorizadas,  para além de combate a pesca ilícita, o tráfico de drogas e de armas no alto mar.

Por seu turno, Ibraima Djemé, ex-Governante da Guiné Bissau e hoje um dos principais responsáveis pelos projectos da UEMOA, apela a um maior esforços das autoridades de Bissau para a estabilização do país; tendo-se manifestado disponível em continuar apoiar o país no processo de obtenção de fundos necessários para a realização de ações governativas a favor das nossas populações, no âmbito do Plano Regional do Desenvolvimento.

Solução para abastecimento do mercado nacional com pescado.
O Ministério das Pecas defende que apesar de ter baixado o preço do pescado no Mercado, o consumidor final continua a ter dificuldade de acesso a este bem alimentar a preços acessíveis, devido ao açambarcamento e especulação por parte de algumas grandes bideiras e agentes comerciais.

Por isso, defende que a solução passa pela construção de infraestruturas pesqueiras, bem assim de mais unidades de conservação e venda, para além da necessidade urgente de constituição da Frota Nacional Pesqueira.

Neste momento, o Mercado Nacional é abastecido por um único Navio das Pesca Chinesa, que descarrega de três em três meses, cento e quarenta toneladas de pescado no âmbito de acordo em vigor no sector.

Esta quantidade torna-se insuficiente, face a demanda ou procura real estimada em cerca de cem toneladas por dia, de conformidade com as estimativas do consumo de 18k por habitante ao ano.

Dados do Ministério das Pescas indicam que a indústria das pescas produz anualmente entre 100 a 150 mil toneladas de produtos haliêuticos.
Muito longe do Senegal que apesar de ter potencialidades reduzidas em relação a Guiné-Bissau, produz 400 mil toneladas por ano.
Segundo dados da FAO, a produção pesqueira da UEMOA é 800 mil toneladas por ano, o que permite ao continente africano arrecadar cerca de 25 mil milhões de dólares americanos.


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