NEM O PAI(gc) MORRE NEM A GENTE ALMOÇA
O Presidente da ANP, (hipoteticamente) através do seu Gabinete, divulgou um comunicado da Comissão Permanente (que o blog DC publicou directamente em versão texto, ainda não numerado, em primeira mão), no qual acusa o Presidente da República de "votar a opinião pública a um mar de confusão". Confusionista, demagogo e hipócrita é o próprio Cassamá, ao manter a ANP sob o seu sequestro pessoal, tentando lançar a confusão na cabeça das pessoas. O "comunicante" da referida narrativa não é único, como seria habitual, pois para além da "Comissão Permanente" que subscreve, passa sucessivamente pelo "Presidente da ANP" e pela própria "ANP", evidenciando uma grande confusão ontológica/ entitária.
Esta confusão é obviamente intencional, fazendo parte da estratégia de apropriação e especulação dos poderes do engenheiro farsante, o qual, na sua retórica altamente falaciosa, atribui a incógnitos fantasmas a crise: "acabaram por perturbar e/ou impedir (...) o funcionamento de um dos seus órgãos constitutivo, o Plenário". Um orgão dentro do orgão? Não. A ANP é um orgão colectivo, o próprio Plenário. Ponto final.
Não tem cá mais orgãos, como o Presidente ou até (pasmem os tolos) o seu gabinete! Chega-se ao cúmulo de defender que, pese embora o Plenário não funcionar, toda a ANP funciona muito bem! A ANP é o Plenário. Todas as outras emanações são simplesmente instrumentais e não substanciais: por exemplo, o Presidente, se quiser participar no debate em curso na Assembleia, deve, segundo o regulamento, ceder temporariamente o seu lugar para o poder fazer. Deve estar ao serviço do colectivo e não sobrepor-se individualmente!
É portanto ilegal e ilegítimo, que, escudando-se em "prerrogativas regimentais" o seu Presidente usurpador assuma o bloqueio institucional à boca cheia (antecipado pela LUSA, para quem parece natural que se impeça o funcionamento da ANP para inviabilizar, por mais de um ano, a governação do país), numa continuada atitude inteiramente negativa, de total má fé.
Escreve-se ainda que o Acordo de Conacri foi "considerado por todos os atores políticos e sociais do país como solução adequada para a saída desta crise". Unanimidade pouco consentânea com imensas opiniões críticas que tivemos oportunidade para ler. Mas enfim, passemos à frente. Em nenhum documento da CEDEAO consta o nome de Augusto Olivais, como pretende Cassamá. Apenas se pode deduzir isso das entrelinhas do comunicado, como tentaram fazer na altura. Ora se, mesmo quando está escrito, é difícil de manter os acordos, por que razão não insistiram para que ficasse consignado por escrito? Agora já não é hora de vir chorar o leite derramado, devem assumir os erros.
Pelo que todas as ridículas recomendações, repúdios, apelos, exortações, estranhezas, ameaças etc. contidas no referido comunicado, não passam de simples incontinência verbal dos emissores do dito comunicado, sem qualquer valor ético actual. Como defendeu o Primeiro-Ministro, não poderá ser considerado um assalto, se um deputado se dirigir para o seu local de trabalho, uma vez que a própria Comissão Permanente, através do Gabinete do Presidente, assume que "tudo" funciona normalmente. E um Plenário, mesmo em auto-gestão, é sempre superior à soma das suas "partes". É SOBERANO.
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