sábado, 4 de março de 2017

AVESTRUZ DSP ENFIA A CABEÇA NA TERRA QUEIMADA. DESAFIA EM COMUNICADO A AUTORIDADE TRADICIONAL, CHAMANDO VÁRIOS NOMES INSULTUOSOS AOS RÉGULOS.

Mas, vamos procurar desmontar mais esta tentativa de manipulação à letra e PONTO POR PONTO:
OS DOIS COMPADRES CONSPIRANDO PARA INVENTAR COISAS E MANIPULAR INFORMAÇÕES CONTRA JOMAV, BRAIMA CAMARÁ E GOVERNO DO GENERAL UMARO CISSOCÓ

Avestruz DSP enfia a cabeça na terra queimada. Desafia em comunicado a autoridade tradicional, chamando vários nomes insultuosos aos régulos. Apesar de não merecer resposta e de todos já sabermos o que essa casa gasta, vamos desmontar as suas insinuações e manipulações ponto por ponto, para esclarecimento dos mais distraídos, sobretudo no exterior.

*O PAIGC (de DSP) e a sua (ex)Bancada Parlamentar tomaram conhecimento do conteúdo das declarações proferidas por alguns régulos manipulados pelo Senhor Negado Fernandes, o auto intitulado Juiz do Povo e Chefe dos Régulos da Guiné-Bissau, que entre outras coisas declararam que fariam funcionar a Assembleia Nacional Popular, acusando de forma direta e irresponsável o seu Presidente de ser o principal responsável pela não convocação da reunião plenária deste órgão.*

De facto, o PAIGC (de DSP), e a sua (ex)Bancada Parlamentar que há mais de ano e meio vem sendo manipulada e instrumentalizada, afirmando-se representativa de uma maioria perdida, sem cumprir o calendário imposto pela Constituição, emitiu um comunicado atacando o poder tradicional, o qual no fundo, acaba por representar um atentado a toda a cultura popular e tradicional guineense, ao tentar desautorizar e menosprezar os régulos, os quais, no cumprimento das suas responsabilidades assumidas perante o Povo, se apresentaram humildemente como simples mandatários dos anseios, aspirações e sentir generalizado que ouviram da parte das suas gentes. 

No seu entender, julgaram que a ANP se encontra sequestrada pelo usurpador Cipriano Cassamá, o qual, numa postura esquizofrénico, subverte sistematicamente todos os princípios da Constituição e do Regimento da Assembleia, refugiando-se em procedimentos para violar o próprio espírito das Leis e Regulamentos, confundindo a responsabilidade para funcionar, apenas, com o poder para obstaculizar, confirmando assim que a dupla DSP + Cassamá não pretendem apenas bloquear a Assembleia, mas sim todo o país. Os Régulos, ainda, confrontaram directamente o Presidente da Assembleia Nacional Popular com a sua opinião, como era sua obrigação.

No entanto, essa opinião não agradou ao destinatário, que alegou toscas e repetitivas razões burocráticas carregadas de hipocrisia para escapar responder à questão de fundo, conforme ficou registado em vídeo.

*Quando há dias o Senhor Negado Fernandes solicitou em nome dos Régulos da Guiné-Bissau uma audiência com o Presidente da Assembleia Nacional Popular, este foi-lhe concedida e na ocasião, um pequeno grupo de 21 régulos dos mais de uma centena existentes no país, limitaram-se pelas vozes dos seus porta-vozes, Senhores Quebá Dabó e Negado Fernandes, a perguntar ao Presidente da ANP os motivos pelas quais a plenária deste órgão não se reunia para aprovar o Programa do Governo.*

Perguntar não ofende. E parece uma questão perfeitamente legítima, perante o disfuncionamento promovido a estatuto regular, pisando todos os artigos mais peremptórios inscritos na Constituição da República, subvertendo a letra e violando o espírito do legislador constituinte, atropelando regras e princípios, para além do mais elementar bom senso, respondendo apenas aos interesses pontuais do próprio e do seu aliado conjuntural, promovendo a má imagem externa do país por todos os meios, em todos os fóruns, tentando manipular a tudo e a todos. 

É perfeitamente legítimo que este responsável seja confrontado com os seus actos lesivos dos interesses do Povo, por quem de Direito. Não diz a Constituição que o Poder pertence ao Povo, que o exerce directamente, e apenas secundariamente por delegação desse Poder a órgãos específicos? E a ANP é por natureza o órgão maior, mas de natureza colectiva, cuja expressão é a sessão Plenária, que é soberana e decide em definitivo, perante a qual responde o seu Presidente pelos actos no exercício da função, a qual obviamente não pode ser usurpada de forma parcial e sectária, em benefício de uma bancada desfalcada e de um partido sequestrador do poder legislativo delegado pelo Povo.

*Numa detalhada explicação dada pelo Presidente da ANP foi-lhes dado todos os esclarecimentos necessários e sustentados pelos competentes suportes constitucionais e regimentais dos mecanismos exigidos para a convocação de uma plenária e dos mecanismos de funcionamento da Assembleia Nacional Popular enquanto instituição legislativo e de fiscalização.*

Os régulos não vieram discutir pormenores jurídicos ou subtilezas de má-fé para contornar a letra e subverter o espírito das coisas elementares. Não é atabalhoando artigos, fingindo-se catedrático ou doutor em Leis, que o pretenso engenheiro vai confundir os mais velhos, que sentem na pele os lamentos das pessoas, e não gostam de conversa fiada, nem de quem alimenta discursos de superioridade tão pouco convincentes, vazios e deslocados.

*O PAIGC (de DSP) e a sua (ex)Bancada Parlamentar sempre consideraram os régulos como sendo representantes de um poder extremamente respeitado no meio comunitário, que nasceu do crédito e crença das comunidades em torno do carisma e da ascendência de uma nação no seio da própria comunidade que pela sua natureza e essência visa ações positivas a partir de uma certa equidistância sobre querelas de índole política.Nessa missão de tutela comunitária, a par de características de isenção e independência que acompanhou as suas actuações os levou a granjear respeito no seio das suas comunidades e na própria sociedade guineense.*

Quando a esmola é muita, o pobre desconfia. Para que serve todo este parágrafo? Para anestesiar o leitor? É que vem um MAS… já a seguir. Não há bela sem senão.

*DSP continua seus ataques aos Regulos nos seguintes termos: Porém e sem descurar da importância do seu papel, é bom recordar ao povo guineense e muito em particular os régulos que se predispuseram imiscuir de forma parcial nesta crise política, de que a Guiné-Bissau é uma República assente num modelo de democracia e de Estado de Direito onde a monarquia não tem lugar nem espaço para qualquer tipo de veleidade de ordem impeditiva.*

A monarquia? Qual monarquia? DSP demonstra assim que não conhece, nem entende a instituição do regulado, nem as suas origens históricas no território nacional. E como não lhe convém o conteúdo da mensagem, tenta matar o mensageiro. Uma vez mais, se revela em toda a sua grandeza, a subversão e hipocrisia do PAIGC de DSP: quem alimenta, neste momento VELEIDADES DE ORDEM IMPEDITIVA, em relação à ANP e ao país, é Cipriano Cassamá, instigado pelo próprio.

No entender deles : *Equivale isso dizer que ao regulado que por mera permissão ou cortesia é chamado somente para exercer a sua nobre função de apaziguar conflitos, à semelhança do que sucede com as confissões religiosas, com os homens grandes, com os djambakús, bem como de outras organizações da sociedade civil.*

Os régulos não existem por mera permissão ou cortesia do PAIGC de DSP. Pelo contrário, já existiam muito antes, servindo precisamente para contrabalançar um poder administrativo centralizado, propenso a esquecer a realidade localidades e as aspirações das populações periféricas. Apaziguar implica forçosamente saber descer ao nível dos problemas, para os tentar resolver, ao contrário daquilo que afirma DSP, que, antes de começar a insultar os régulos, os trata como figuras meramente folclóricas e decorativas, pretendendo que estes não possuem qualquer função social efectiva. Será que essas nobres funções governativas estão reservadas por direito natural ao PAIGC, na opinião dos seus dirigentes actuais, que perderam todo o contacto com a realidade, e mais não sabem do que olhar para o seu umbigo?

Quem desdenha, quer comprar.

A ofensiva contra os Regulos continuou: *Por isso o PAIGC (de DSP) e a sua (ex)Bancada Parlamentar lamentam profundamente a opção tomada, felizmente por um grupo insignificante de régulos, enganados e manipulados pelo Senhor Negado Fernandes, o autointitulado Juiz do Povo e que se arvora em Chefe e Coordenador dos Régulos da Guiné-Bissau sem nunca ter sido Regulo ou pertencente à linhagem necessária e obrigatória para o ser, a imiscuir-se de uma forma leviana e irresponsável e incompatível com o papel de conciliador que compete ao régulo exercer, em assuntos onde não têm um mínimo de conhecimento e neste caso concreto, o do funcionamento da Assembleia Nacional Popular, tentando tomar atitudes de todo desaconselháveis para qualquer régulo que se preze.*

Ora, passam agora aos insultos. Chamam ilegítimos, irresponsáveis, burros, desrespeitando aos régulos, para os tentar condicionar, numa atitude indigna e desleal. Não é vindo xingar à posteriori, agredindo e tentando humilhar, a quem veio humildemente expor directamente, olhos nos olhos, a sua opinião, que os auto-intitulados Donos Disto Tudo vão impor os seus intentos ditatoriais, passando por cima de gente simples, numa demonstração inequívoca de falta de consideração e de respeito, apesar das palavras bonitas com que nos tentam confundir. Isto reflecte apenas o miserável estado de confusão, ansiedade, desespero e frustração em que se encontram. 

Contudo, o PAIGC (de DSP) e a sua (ex)Bancada Parlamentar mentem dizendo que continuam a nutrir uma grande respeito pelos régulos, enquanto autoridades tradicionais, devido ao papel complementar que exercem na organização da sociedade guineense. E fingem, dizendo *aguardar que os Reguloscontinuem com a sua atitude, respeito e credibilidade a promoverem no seio das suas comunidades ou regulados respectivos uma atitude de promoção da aproximação, de resfriar as almas e de conciliação e não o de aventurar-se em campos que não são da sua competência e sobre o qual não têm nenhum domínio ou conhecimento que lhes autorize a desfaçatez de uma tomada dessa posição pública aberrante.*

Para além de ILEGÍTIMOS, IRRESPONSÁVEIS E BURROS, acrescentam agora à série de insultos INCOMPETENTES, AVENTUREIROS, ABERRANTES E PROVOCADORES. Mas ainda não acabou. Insatisfeitos, vão voltar à carga. 

*Cremos que ainda vão a tempo de apelarem à sua consciência e a circunscreverem os seus atos naquelas funções de mediadores isentos, pois de contrário seremos obrigados a pensar ou a concluir que o posicionamento assumido por este pequeno grupo de régulos e felizmente não a maioria dos régulos, foi ditado pela compra da sua consciência, porque jamais se assistiu na história das crises guineenses um posicionamento tão ostensivo e ofensivo à verdade.*

As acusações de INCONSCIENTES, VENDIDOS E MENTIROSOS vieram agora somar-se à lista de insultos.

*O PAIGC (de DSP) e a sua (ex)Bancada Parlamentar querem demonstrar o seu grande respeito pelos régulos, principalmente pelos régulos que não se deixaram manipular pelo Senhor Negado Fernandes, ponta de lança do Senhor Presidente da República e seus seguidores e que continuam nos seus regulados respectivos a cumprirem com a sua missão de conciliar e reconciliar os guineenses com a sua inteligência e sensata sabedoria, tentando trazer paz e estabilidade à nação guineense, sobretudo nesta altura em que o actual Governo vem dando mostras de capacidades de intervenção e de resolução dos problemas com que o país se confronta.

O PAIGC (de DSP) e a sua (ex)Bancada Parlamentar dizem que tomaram boa nota de que dos mais de cem régulos existentes no território nacional somente uma dúzia se predispôs aceitar e acompanhar o Senhor Chefe dos Régulos sem nunca ter sido em dia algum Régulo ou filho de Régulo que se dá pelo nome de Negado Fernandes, Juiz do Povo ao serviço do Senhor José Mário Vaz.*

Uma no cravo e outra na ferradura. Numa atitude maniqueísta, para o PAIGC de DSP, no âmbito do seu autismo e perda de pé relativamente à realidade, só há dois tipos de régulos: aqueles que, apesar da sua atitude proactiva e responsável, se dispuseram a abandonar os seus regulados à sua própria custa, para transmitirem as suas preocupações e alertas, esses são os maus; e aqueles que, não tendo aparecido (por qualquer tipo de razão, desde as económicas à descrença na eficácia da diligência, razoavelmente expectável, atendendo aos visados e à forma como reagiram), são automaticamente classificados como os bons régulos, presumindo-se por defeito que partilham da sua visão destrutiva e irresponsável de bloqueio da ANP.

Mas as contradições no discurso são evidentes e assumidas à vista de todos, evidenciando descaradamente a sua intenção de manipular as consciências. Esta gente julga-se a única esperta e inteligente, fingindo que todos os outros são gentios burros e estúpidos. Depois de afirmarem, no início deste comunicado, que estavam 21 régulos (em número), para minimizar falam agora, por extenso, de uma dúzia. Será que a dúzia de DSP tem 21 ovos? Porque não vai a Bandim negociar com essa política? É a política da avestruz, uma aritmética de algibeira, na qual os números trocam de lugar, segundo as conveniências. Se pedir uma dúzia de ovos, não reclame que só lhe entregaram 12 e que faltam 9. Foi por esse género de confucionismo e de contas de sumir, do venha a nós o vosso reino, que o Presidente José Mário Vaz demitiu Domingos Simões Pereira do cargo de Primeiro-Ministro.

DSP mente ainda no seu comunicado: *Todos os guineenses, com o desenrolar desta crise, cujos objetivos é derrubar o PAIGC (de DSP) do poder que conquistou nas urnas, sabem donde é a origem, a promoção e a condução desta crise, despontada e guiada pelo Senhor José Mário Vaz e os seus acólitos.*

Outra coisa na qual o PAIGC de DSP se tornou um hábil executante: sacudir a água do capote, lavar as mãos e designar bodes expiatórios para encobrir os seus próprios erros e más acções. Mas o Povo guineense está cansado. Durante muito tempo, os militares serviram para encobrir a desgovernação de um Partido incapaz de manter a sua coesão interna, e transmitindo a desunião a toda uma sociedade, bem mais madura, calma e tolerante, que é a guineense.

O problema não são os militares, não são os régulos, não é o Presidente da República (o qual, aliás, saiu das próprias fileiras do PAIGC, sendo eleito com os votos dos respectivos acólitos). O problema maior que é preciso resolver é o PAIGC, e o seu irresponsável comportamento de apropriação do devir nacional. É sem dúvida o sequestro da Assembleia e a usurpação do poder delegado pelo Povo, de forma nominal, nos deputados, que está no cerne da presente crise, despontada e criada por Cipriano Cassamá, em conluio com o chefe infantil de uma ala cada vez mais contestada no seio de um partido cuja cúpula continua a julgar como sendo único, ignorando a diversidade de opiniões e as regras da convivência parlamentar e do simples respeito.

*A terminar, o PAIGC (de DSP) e a sua (ex)Bancada Parlamentar agradecem todos os régulos que não se deixaram manipular pela mentira, pelo oportunismo e pelo dinheiro e publicamente reconhecer o seu papel de verdadeiros defensores da paz e da estabilidade entre os guineenses e aproveitar esta oportunidade para alertar os régulos que estão a acompanhar Negado Fernandes na sua aventura de remar contra a maré, de que devem juntar-se aos que defendem a democracia e o Estado de Direito e de não aceitarem a implantação de uma ditadura na Guiné-Bissau*.


Faltava ainda um último insulto, de OPORTUNISTAS, para atirar à cara dos régulos. Que barbaridade é esta? Vamos então fazer, em jeito de resumo, para terminar, a lista dos insultos com que o PAIGC de DSP brinda os régulos neste comunicado irresponsável e eivado da retórica inflamatória a que já nos habituaram, apelidando aionda os regulos de: ILEGÍTIMOS, IRRESPONSÁVEIS, BURROS, INCOMPETENTES, AVENTUREIROS, ABERRANTES, PROVOCADORES, INCONSCIENTES, VENDIDOS, MENTIROSOS E OPORTUNISTAS. 

Mas não perdem pela demora, pois os régulos saberão responder e retribuir a falta de respeito pelas suas pessoas, colocando-se à cabeça do Povo que representam. A mentira e o mal não continuarão a vencer a verdade e o bem para sempre.

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