A AGÊNCIA PORTUGUESA DE NOTICIAS "LUSA" ENALTECE:
Guiné-Bissau vai "ultrapassar impasse
político" com ajuda de parceiros internacionais - Primeiro-ministro
Lusa22 Set, 2017, 07:40 | Mundo
O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco
Embaló, afirmou que o país vai ultrapassar o impasse político e institucional,
que vive há dois anos, com a ajuda dos parceiros internacionais, como a
comunidade lusófona e a ONU.
"Com a paciência, sabedoria e solidariedade dos nossos parceiros
internacionais -- a CEDEAO [Comunidade Económica dos Estados da África
Ocidental], a União Africana, a CPLP [Comunidade de Países de Língua
Portuguesa], e o secretário-geral da ONU, que mantém o seu representante
especial na Guiné-Bissau -- vamos ultrapassar o impasse político e
institucional que persiste no meu país", disse Umaro Sissoco Embaló, na
quinta-feira, durante a 72.ª sessão da Assembleia-Geral das Nações Unidas, em
Nova Iorque.
Na intervenção, de cerca de 16 minutos, o primeiro-ministro guineense disse
estar satisfeito por estas organizações terem voltado a colocar a situação
política da Guiné-Bissau nas suas agendas, e referiu o Acordo de Conacri, de 14
de outubro de 2016.
Patrocinado pela CEDEAO, o Acordo de Conacri prevê a formação de um governo
consensual integrado por todos os partidos representados no parlamento
guineense e a nomeação de um primeiro-ministro de consenso e da confiança do
chefe de Estado.
"Continuamos a viver um período de desafios institucionais na
Guiné-Bissau, para os quais o Acordo de Conacri delineou soluções em outubro de
2016. São desafios ao funcionamento de algumas das nossas instituições
fundamentais, nomeadamente o parlamento e governo", disse.
Umaro Sissoco Embaló sublinhou, no entanto, que "reina a paz
civil" no seu país, e que "não há relatos de violações dos direitos
humanos universais".
"O Estado e a sociedade civil estão muito longe de qualquer colapso
político. Felizmente não estamos a contar mortos nem feridos na Guiné-Bissau,
nem estamos a avaliar danos a propriedades públicas resultantes de qualquer
colapso na autoridade do Estado", afirmou.
Umaro Sissoco Embaló falou também da economia guineense, indicando que as
exportações de caju "bateram todos os recordes, o que teve um impacto
positivo no ambiente social" do país.
Por outro lado, sublinhou que "o controlo das finanças públicas foi
recentemente elogiado pelo Fundo Monetário Internacional e outros parceiros
multilaterais".
O primeiro-ministro guineense disse que os Objetivos de Desenvolvimento
Sustentável da ONU são também os desafios do seu país, mas alertou que
"nenhuma estratégia de desenvolvimento é merecedora de tal título se, no
caso da Guiné-Bissau, não começar com a colocação da segurança alimentar de
forma sustentável no coração do conceito".
"Deixar que a Guiné-Bissau, um país com uma reconhecida ampla
capacidade de produção agrícola, escorregue na dependência de elevados volumes
de importação de arroz todos os anos foi certamente um dos piores erros
económicos feitos", disse.
"O desafio que enfrentamos é muito claro: é o desafio político e
económico da segurança alimentar, é o desafio moral de acabar com a fome, é um
teste para assegurar uma situação de `fome zero` na Guiné-Bissau",
acrescentou.
No plano interno, deixou ainda uma referência às mulheres, afirmando que na
Guiné-Bissau elas "ainda estão longe de assumir o papel que merecem na
sociedade e nas instituições em geral".
"A política de igualdade do género, e em específico a igualdade de
oportunidades para as meninas e mulheres, é sem dúvida um teste para a
democracia no meu país. É um grande desafio para os partidos políticos e para
todos os responsáveis do governo", afirmou, instando "todos os atores
políticos, económicos e sociais no país" a defenderem "os direitos
das mulheres e, em geral, a promoção dos direitos humanos" na
Guiné-Bissau.
Umaro Sissoco Embaló abordou ainda "as ameaças potenciais para ambas
as ordens constitucionais internas dos Estados e a instabilidade política"
na sub-região, apontando que "ações terroristas estão a afetar o Burkina
Faso, o Mali, o Níger, a Costa do Marfim e a Nigéria, com claras consequências
para a paz, coesão social e estabilidade".
Nesse sentido, o primeiro-ministro guineense defendeu que é necessário
trabalhar em conjunto com a ONU e respetivas agências especializadas e com os
parceiros internacionais para "transformar a sub-região num bastião de paz
e segurança interna, e por extensão, num bastião na segurança internacional".
LUSA
NOTA DO EDITOR:
OBRIGADO LUSA
TENDO EM CONTA A ABERTURA E FRANQUEZA, DO CHEFE DE EXECUTIVO GUINEENSE, IMBUÍDOS DE DOSES DE PATRIOTISMO, DE FRONTALIDADE E DE HONESTIDADE DESPIDOS DE PRECONCEITOS LEVA A QUE O PRIMEIRO-MINISTRO PORTUGUÊS, OLHOS NOS OLHOS, TIVESSE UMA CORRESPECTIVA INTERVENÇÃO, EM QUE ENALTECEU E SAUDOU A GUINÉ BISSAU NA PESSOA DO SEU PRIMEIRO MINISTRO GENERAL SISSOKÓ EMBALÓ.
Depois da reunião convidou o Primeiro Ministro General
Sissokó Embaló e a sua delegação para à Representação de Portugal na ONU, onde
mantiveram uma reunião de trabalho muito boa e frutífera para ambas as partes.
Na ocasião António Ciosta disse que Portugal quer ter boa
relação com todos os governos da CPLP. Não lhes cabe interferir nos assuntos
internos de nenhum país e quer que se ultrapasse os problemas da RTP na Guiné
Bissau.
Encontro do Primeiro Ministro da Guine Bissau com o seu
homólogo portugues Dr. António Costa caracteriza reunião de dois homens de
Estado e patriotas. O Chefe do Governo portugês António Costa (fazedor de
consensos) diz que quer a melhor relação entre os países da CPLP. Cada Governo
é um Governo amigo, que respeita as relações e assuntos internos do país; disse
ter percebido que há equívocos entre o dois governos.
Por seu turno, o Ministro dos Negócios Estrangeiro de
Portugal. sublinhou que Portugal não tem nenhuma posição sobre qualquer Governo.
Quer a melhor relação possível com a Guiné. Que Portugal não é parte de nenhum
partido, tendo em conta as orientações da política externa. Que Portugal está
sempre aberto a Cooperação com a Guiné-Bissau; que para haver condição de
negociação sobre RTP a ultima decisão deve ser revista; Desejando que os guineenses
superem focos de instabilidade existentes.
O Primeiro-Ministro de Portugal cumprimentou sem reservas o
Sr. Primeiro-Ministro da Guiné-Bissau, tendo ainda enaltecido que devemos
cingir sobre a questão da mobilidade para que os nossos cidadãos sintam parte
desta comunidade (CPLP). Que Portugal estava com receio devido aos compromissos
com a UE e que entre nós devemos assinar acordos e avançar para realizações
concretos nesse domínio.
A Temática dos Oceanos
e do Mar não escapou, pois que todos os países da CPLP são países costeira
A questão da Agenda 21 é importante para todos os países. Felicitaram
o Presidente Brasileiro, Temer pela presidência e a Secretaria Executiva da
CPLP.
José Ramos Horta- Em representação do Presidente da Republica
do Timor Leste, como seu enviado especial, presidiu a Comissão de Paz e Segurança.
E foi convidado para fazer mediação de paz a nível da ONU. Ramos Horta fez a questão de sublinha que voltou
ao Governo Timorense a convite do Presidente da Republica Alcatire, que é da Geração de 1975.
Cumprimentou todos os participantes neste fórum de concertação
relativo a implementação da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável em
Moçambique.
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