EX-PRIMEIRO-MINISTRO GUINEENSE SISSOCO
DISSE A IMPRENSA NACIONAL QUE PONDERA
CANDIDATAR-SE ÀS PRESIDENCIAIS DE 2019
GENERAL, AINDA HÁ TEMPO. JOGUEM EM FORÇA CONTRA A DIRECÇÃO
CESSANTE DO PAIGC – QUE A REVELIA DOS PRINCIPIOS POLITICOS E DA ÉTICA TEIMA EM
EXCLUIR SEUS CAMARADAS, CONTRA TODOS OS PRINCÍPIOS DO PAIGC, SEM TER EM CONTA O
PASSADO E A HISTÓRIA DOS COMBATENTES DA LIBERDADE DA PÁTRIA.
GENERAL, PRIMEIRO
AJUDEM A LIBERTAR O PAIGC DAS GARRAS DOS “NHA DJINTIS DE MATCHINHO SASSA-MOTEMA”
E DEPOIS PENSA-SE NUMA FORMA DE SE ARTICULAR A BUSCA CONJUNTA DE MELHOR SOLUÇÃO
PARA 2019. AINDA TERÃO TEMPO DE AVALIAR, SOBRE QUE CANDIDATURA SERVE A CAUSA DO
POVO, EM QUE O GRUPO ALARGADO DOS 15 SE VEM EMPENHANDO CONJUNTAMENTE COM SEUS
ALIADOS.
UM CONSELHO: CENTREM O FOCO NAS LEGISLATIVAS E NA DESCOLONIZAÇÃO DO PAIGC,
PARA SE LIMPAR O BANDO DE AVENTUREIROS QUE SE INSTALARAM NA CÚPULA DA DIRECÇÃO
CESSANTE E QUE AFASTARAM DOS ORGÃOS DO PARTIDO QUASE TODOS OS VETERANOS DO
PAIGC.
É BOM SOMAREM ESFORÇOS E NÃO PERCAM TEMPO COM PRESIDENCIAIS DE 2019, POIS QUE
NOVEMBRO ESTÁ A 6 MESES PARA LEGISLATIVA.
RECOMENDAMOS: CONTENÇÃO, DISCERNIMENTO, DIÁLOGO E ENTENDIMENTO PARA HARMONIZAÇÃO
DE POSICIONAMENTOS.
ISTO PORQUE, NA POLITICA NADA É DEFINITIVO OU PERFEITO. O IMPORTANTE É
TERMOS A CAPACIDADE DE SENTAR COM OS CAMARADAS PARA BUSCA DE ENTENDIMENTOS OU
DE CONSENSOS. TODO SÃO PASSÍVEIS DE COMETER FALHAS E ERROS OU DE FERIR
SUSCEPTIBILIDADES ALHEIAS. UM BOM RAMADÃO.
O ex-primeiro-ministro guineense, General Umaro Sissoco Embaló, anunciou na noite desta terça-feira, 15 de maio, a possibilidade de
concorrer às eleições presidências de 2019, porque diz ter “condições
para servir melhor o país do que muitos Presidentes que a Guiné-Bissau já
teve”.
Sissoco, que desempenha agora a função do
vice-presidente do Fundo Soberano de Brunei [um país asiático dirigido por um
sistema de monarquia], falava à imprensa depois da sua chegada ao aeroporto
internacional Osvaldo Vieira, vindo de Londres (Inglaterra).
Depois do Presidente José Mário Vaz ter aceitado o seu
pedido de demissão, acabando por exonerá-lo a 16 de Dezembro 2017, Sissocó
deixou o país e foi trabalhar para o Sultão de Brunei, como Vice-Presidente do
Fundo Soberano daquele país asiático e Conselheiro para Assuntos da África e
Médio Oriente.
Em declarações aos jornalistas, Sissoco Embaló disse
que vai estar no país por apenas cinco dias a fim de passar os primeiros dias
do mês de Djundjum (Abstinência) com a sua mãe e aproveitar a oportunidade para
visitar os titulares de órgãos públicos.
Aproveitou a ocasião para criticar duramente aquele
que considera da fragilidade dos políticos guineenses que permitiram à CEDEAO
gerir o país ao ponto de tomar decisões de quem pode ou não participar no
executivo.
“Não é digno que um país Soberano seja administrado
por uma organização sub-regional, gerido sob tutela. Não é que vão pôr
estrangeiros a governar. Mas são instruções em como se deve trabalhar e isso é
lamentável. A nomeação de Aristides Gomes vem no comunicado da reunião dos
Chefes de Estado e do Governo da CEDEAO, portanto é a primeira vez na história
desta organização. E isso significa que a Guiné-Bissau está sob a tutela da
CEDEAO”, lamentou o antigo Primeiro-Ministro ao microfones do Jornal O
Democrata.
Solicitado a pronunciar-se sobre a marcação da data
das eleições legislativas para o mês de Novembro do ano em curso, disse que tem
confiança na capacidade do Primeiro-ministro, Aristides Gomes que, segundo ele,
deve trabalhar afincadamente para cumprir a missão que lhe foi incumbida. No
entanto, advertiu às partes envolvidas no processo a colaborarem a fim de
evitar que haja situações que possam levar o país de novo à crise.
Interrogado sobre a possibilidade de apresentar-se
como candidato às eleições presidências de 2019, Sissocó reconhece que diz-se
muitas coisas a volta da sua pessoa, contudo, assegurou que é cidadão guineense
e tem o direito de candidatar-se às presidenciais como qualquer outro cidadão.
“Tenho condições de ser o Presidente da República da
Guiné-Bissau e ser ainda melhor de que vários outros que o país já conheceu.
Para já não vou desmentir e nem afirmar”, assegurou.
Embaló mostrou-se ainda disponível para
aconselhar os titulares de órgãos públicos guineense, a semelhança daquilo que
faz noutros países a nível do continente africano, como também um pouco por
todo o mundo.
Sobre as sanções aplicadas pela CEDEAO aos políticos
guineenses e personalidades individuais, Sissocó voltou a criticar a decisão
daquela organização sub-regional que considera de uma brincadeira. Acrescentou
ainda que abordou o assunto com vários Chefes do Estado que fazem parte daquela
organização e incluindo o próprio mediador, Presidente Alpha Conde, da
Guiné-Conacri.
Por: Assana Sambú