Fazendo tábua rasa das suas
responsabilidades de imparcialidade e equidistância, o Conselho de Segurança da
ONU, equivocado por relatórios enviesados e distorcidos de Alpha Condé,
mediador mentiroso (há longa data a soldo dos interesses angolanos e abusando
da sua posição na UA), em conluio com o Presidente da Comissão manipulado da
CEDEAO Marcel de Souza.
A este propósito, a ONU deixa-se enredar na teia conspirativa e de intrigas,
que envolve a maçonaria portuguesa, o seu Ministro dos Negócios Estrangeiros, e
conta com a passividade submissa do Secretário Geral da instituição, António
Guterres, bem como da inércia do Primeiro Ministro português. A tudo isto
junta-se o desinteresse com que o Presidente Marcelo de Portugal encara o problema
guineense e sem que tenha coragem para por cobro à pouca vergonha, que mina em
profundidade os alicerces da CPLP.
Devida a serie de faltas, omissões
e de inverdades que caracterizam este processo de mediação alimentadas por
retóricas incendiárias numa mistura explosiva, com actores irresponsáveis a
deitarem gasolina para as chamas, como Manecas dos Santos (em entrevista à
jornalista portuguesa ressabiada que, expulsa do Público por indecência, não
tardou em vender-se à concorrência controlada pelos angolanos), que atiça com
palpites golpistas a tranquilidade e o actual alheamento dos quartéis em
relação ao cenário político (aliás, elogiado nos vários documentos das
organizações internacionais).
Não fosse a pequena dimensão da Guiné-Bissau à
escala global, os vários países responsáveis e com direito de veto, como a
Rússia e a China, estariam decerto mais atentos para estas jogadas
desenvergonhadas e mal orquestradas, que atentam contra o papel da ONU e do
Conselho de Segurança, e não se deixariam embalar a-criticamente nesta canção do
bandido.
Entre toda a conversa fiada do
comunicado emanado, no bom estilo do palavreado vazio a que a ONU habituou o
mundo para ocultar a sua inoperância organizacional, apenas uma frase é
relevante para o contexto nacional. A que recomenda a "selecção de um
Primeiro Ministro de acordo com as disposições do Acordo de Conacry". É
incrível a cegueira da ONU, inclusive para com a inconsistência constante do
próprio comunicado. Como é possível que tenham "anotado" e se tenham
congratulado com a missão ministerial da CEDEAO que se deslocou a Bissau nos
dias 23 e 24 de Abril, se no seu comunicado final, ponto 9 alínea h), esta
"anota" igualmente a disponibilidade do PAIGC e do Governo -
"seleccionado" pelo Presidente, ao abrigo do ponto 1 do tão badalado (des)Acordo
- para encetar negociações imediatas para a substituição da parte ministerial
cabendo proporcionalmente ao PAIGC (e ocupada por militantes seus, se bem que
entretanto expulsos pela raiva e frustração da actual Direcção de DSP)?
Valerá
a pena repetir, pela enésima vez, que o tal ponto 1 foi minuciosamente cumprido
pelo Presidente, escolhendo pessoa da sua confiança, conforme a letra, e
passível de apoio parlamentar, conforme o espírito?
É lamentável que tantos países e
tantas personalidades se queiram imiscuir da reconhecidamente conturbada
realidade interna, sem se inteirarem dos meandros patentes nos textos oficiais
(para não falar já da volátil realidade que traduzem).
Talvez devessem contratar mais
tradutores, consultores, ou treinadores, que não se deixem comprar ou envolver
pelas partes aparentemente mais fortes, pois desacreditam assim toda a máquina
da ONU, a qual queremos acreditar que ainda tenha gente de boa fé.
Não vale a pena chover no molhado
e vir com declarações pretensamente ingénuas de apelo à paz, à concórdia, ao
entendimento, ao consenso, se não mostram o mínimo bom senso nas regras mais
elementares de boa-fé negocial, mostrando uma disposição autista, bem ao estilo
do PAIGC (levado ao extremo pelo seu actual Presidente, comanditário de toda
esta confusão, com experiência diplomática - já colocada, aliás, contra o
serviço do seu próprio país, por várias vezes: na CPLP, em declarações
desprestigiantes, etc - e filiações secretas mafiosas).
Para voltar sempre ao ponto de
partida, de cada vez que o resultado das evoluções não convém a quem se julga
dono e senhor eterno dos desenlaces.
Que diplomacia patológica é esta?
Uma nova arte do bloqueio, do
entrave e da terra queimada?
Fazer de toda a gente parva,
porque é o único esperto?
Não há portanto volta a dar, que
não seja o mediador (tendo sido desqualificado como mentiroso, deveria ter tido
a hombridade de se demitir, a sua insistência doentia não passa de uma confirmação
do seu envolvimento interesseiro e parcial) publicar, como já foi repetidamente
desafiado a fazer, todos os documentos acessórios ou qualquer prova de qualquer
género que tenha, daquilo que afirma.
Ou simplesmente, voltar a
convocar os envolvidos (pois estão todos vivos e a memória dos factos não é
assim tão longínqua) e pedir que confirmem a sua versão distorcida.
Tanta confusão, porque este
senhor pretende convencer o mundo da sua boa-fé contra os factos, o texto do
Acordo, e os seus desenvolvimentos posteriores.
Estamos perante um flagrante
abuso de confiança e de poder, uma ignóbil conspiração contra a soberania da
Guiné-Bissau, tramada aos olhos do mundo por personagens sem quaisquer valores
ou dignidade, confiantes no mau nome com que etiquetaram o país, valendo-se,
para atingirem os seus objectivos, dos medos que varrem hoje o mundo, como o
terrorismo ou o narco-tráfico.
O PAIGC, passado quase um quarto
de século, ainda não digeriu o multi-partidarismo. Continua a ser o principal
factor de instabilidade do país, lançando os foguetes, fazendo a festa e
apanhando as canas.
Terminamos lembrando à comunidade
internacional que foi esse Partido que apoiou a eleição do actual Presidente,
que agora querem destituir sem olhar a meios, nem que seja recorrendo a um
"golpe de estado bom" (a favor deles próprios, claro), nem que isso
implique o risco de uma guerra e a desestabilização artificial de um país onde
o povo é sereno e situação calma. Mas o povo, enganado durante demasiado tempo
com as manobras maniqueístas e demagógicas dos artífices da manipulação, já
percebeu de onde vem o mal. Não passarão!
Não e não. Todas estas manobras e
tentativas de manipulação não vingam na Guiné Bissau, sobretudo por esta altura
em que as instituições publicas estão sendo saneados e moralizados; numa
altura, em que os dinheiros de Estado estão sendo encaminhados para os Cofres
de Estado.
Bem haja a Guiné Bissau!
VIVA O PRESIDENTE JOMAV !
Sem comentários:
Enviar um comentário