terça-feira, 3 de outubro de 2017

VISITA DO PRIMEIRO-MINISTRO DA GUINÉ BISSAU A PORTUGAL MARCA UMA NOVA ETAPA DE COOPERAÇÃO ENTRE OS DOIS PAÍSES











APÓS SEU REGRESSO AO PAÍS O GENERAL SISSOKÓ EMBALÓ FALA A IMPRENSA LOCAL, EM JEITO DE BALANÇO

No quadro de uma visita de três dias efetuada a Portugal, na semana passada, o Primeiro-Ministro, Umaru Sissoco Embaló, procedeu ontem, no aeroporto internacional Osvaldo Vieira, ao balanço positivo da sua deslocação para Lisboa a convite do seu homólogo português, António Costa.

O Chefe do Executivo que deixou o país na quinta-feira a noite disse aos jornalistas que, brevemente, os governos dos dois países irão iniciar a troca de correspondências e de viagens a nível dos ministros dos Negócios Estrangeiros no sentido de se dinamizar ainda mais a cooperação existente entre a Guiné-Bissau e Portugal.

Umaru Sissoco Embaló que se fez acompanhar nesta sua viagem pelo Ministro de Estado e dos Combatentes da Liberdade da Pátria e da Reinserção, Aristides Ocante da Silva e pelo Ministro do Turismo e Artesanato, Fernando Vaz, disse a imprensa que formulou um convite ao Chefe do Governo português, António Costa, para visitar a Guiné-Bissau nos próximos tempos, o que este aceitou prontamente.
O Primeiro-Ministro esclareceu, entretanto, que aproveitou nesta visita para dissipar certas dúvidas que por aí se falam das relações de amizade e cooperação existentes entre os nossos dois países.
“A relação existente entre a Guiné-Bissau e Portugal, enquanto eu o Primeiro-Ministro, ultrapassa as pessoas. Não posso pensar que não é porque eu conheço, por exemplo o Presidente da Nigéria, ou da China ou da Rússia que a Guiné-Bissau estará dependente das minhas relações. Não. A Guiné-Bissau é um Estado antes de eu chegar ao cargo de Primeiro-Ministro”, salientou.

Sissoco Embaló referenciou de que durante a sua estada em Lisboa falou igualmente com a comunidade guineense residente em Portugal, tendo-se manifestado o otimismo de que as relações que caracterizam os dois países sempre continuarão em melhores condições, contrariamente ao que muitos pensam.
 “O Primeiro-Ministro, António Costa disse-me que a sua mãe passou por seis meses na Guiné-Bissau, concretamente nas ilhas bijagós e que conhece muito bem o Fernando Vaz e o Embaixador Hélder”.

Segundo o Chefe do Governo, o Primeiro-Ministro de Portugal entende que Umaru Sissoco Embaló poderá ser uma espécie de “ponte” na sub-região tendo em conta as suas relações de amizade com muitas personalidades destacadas e inclusive vários chefes de Estado africanos.

“Há muitas empresas portuguesas de construção que podem operar nos países da sub-região”, sublinhou Sissoco Embaló.


No que diz respeito ao diferendo existente entre os dois países no que se refere ao caso “RTP-África e RDP-África”, cujas licenças de operação foram suspensas na Guiné-Bissau, o Primeiro-Ministro disse que o problema existente é de nível mais baixo dos dois chefes de Governo, mas espera que dentro em breve os dois titulares ministeriais saberão ultrapassar o problema. “A minha posição é de se abrir as duas estações, mas na base de respeito mútuo e não podemos aceitar que esses órgãos continuem a falar da Guiné-Bissau só no nível do Presidente da República, ou do Primeiro-Ministro, etc.”.


Bacar Baldé

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