GUINE BISSAU: PRENÚNCIO OU PREVISÃO DE MEGA
FRAUDES ELEITORAL
A seu tempo todos os segmentos da sociedade guineense
manifestaram sua inquietação, receios e condenaram veementemente a forma como o
Governo vinha realizando o recenseamento eleitoral e exigiram a imediata nulidade
ou adopção imediata de medidas correctivas e o restabelecimento do modelo e
sistema de recenseamento comprovado e a prossecução ou conclusão de
recenseamento tal como tem sido ao longo da vigência da democracia na Guine
Bissau.
Contudo, os actores público do Governo fizeram e fazem as
orelhas do mercador para não rever e nem corrigir o sistema viciado e parcial
da forma como organizaram e dirigiram o recenseamento selectivo e por conveniência
não se sabe de quem?!.
A verdade é que os potenciais beneficiários ou principal
beneficiário engendrou um sistema nada fácil de desmontar, até pela própria
CEDEAO, que contratou ou mandou uma auditoria aos dados do Gabinete Técnico da
Administração do Processo Eleitoral. Todos sem excepção se tornaram impotentes
diante da tamanha orquestração.
Sendo o recenseamento e actualização dos Cadernos
Eleitorais os actos mais nobres do processo eleitoral, porque “arvore que nasce
torto dificilmente se endireitará” urge a todos títulos a conjugação de
esforços ou acção concertada das entidades mais vocacionadas a correcção do
processo, nomeadamente o P5 (Nações Unidas, União Europeia, União Africana,
CPLP e CEDEAO), Procuradoria-Geral da República da Guiné-Bissau e o Presidente
da República da Guiné Bissau para confrontarem a CEDEAO e o Governo da Guine
Bissau com a evidência dos factos já enunciados e hoje bem visível a olhos de
todos.
É inegável a existência ou sinais e indícios de
falcatruas e/ou viciação do processo de recenseamento eleitoral, com vista a eventualmente
favorecer uma das partes na disputa.
Não sendo com fins de favorecer uma das partes envolvidas
no pleito eleitoral o porquê da teimosia e de tanta insistência ou obstinação
em mudarem o sistema nacional de recenseamento, sabendo que o desconhecido
sempre tende em embaraçar a execução de um processo?
Quem terá dúvidas de que com o processo de recenseamento das
eleições de 2014, com a expertise do Timor Leste correu tudo bem com o sistema
semi biométrico apelidado de MANUAL-AMELHORADO, que se revelou eficaz e
funcional?
Qual o móbil ou que interesses obscuros e subjacentes levaram
a brusca e repentina mudança do sistema nacional de recenseamento de 2014?
O que preconizam seus actores ou mentores?
Os Senhores devem, certamente, lembrar-se de que logo na sua
primeira semana deste famígero recenseamento foi vivamente denunciado.
Pelo acima exposto, venho manifestar a minha profunda
preocupação relativamente as prioridades do Governo, bem assim, das denúncias
de saque, violações, abusos de poder e de excessos, incluindo perseguições selectivas
de ex-dirigentes do Estado e desejando que os responsáveis por estas práticas
devem prestar contas a justiça.
Outrossim, porque tem sido notório o interesse de certos
actores políticos que engendram o prolongar do período e do processo eleitoral,
para assim continuar a proceder nomeações fora de tempo e no período eleitoral
para satisfação material de suas auto-estimas, urge um ponto final neste estado
de coisas.
O porquê de um certo sector da politica fazer lóbis junto
da CEDEAO e da ONU dando contas de quererem apresar as eleições Legislativas na
Guiné Bissau, num contexto ou clima de fraudes prenunciadas?
O porquê das orelhas moucas de certos dignatários que fazem
de conta que não se ouviu ou não dão importância ao que se ouve, sobre a ineficiência
do actual processo de recenseamento na Guiné Bissau?
QUO VADIS GUINÉ BISSAU?
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